Celas
Entrando nas celas vejo os meus dias de glória
Os meus dias de enormes felicidades
Desvaindo em gotas de tristeza
Mergulhando em ondas de negatividade escritas no meu rosto
Entrando nas celas,
Vejo aquele sonhador de belos caminhos
Abraçado a utopias como a unha ligada a carne
Um sonhador que os sonhos foram destruídos
e colocados em uma cela fria e escura
Entrando nas celas,
Vejo um marinherio
Apaixonado pelo mar
E encantado pela moça das ondas
As mesmas ondas que lhe dão liberdade
As mesmas ondas que ele vê ao longe através da pequena janela de ferro
No corredor dessas celas
Sinto a voz de um jovem
Uma voz doce, cheia de vida e amargurada
Cantando a morna mais triste que alguma vez ouvi
Entrando nas celas,
Um escritor rasgando os seus textos,
Folha por folha
Algemado à mente e ao coração
Entre celas e ferro,
Vejo tudo
Menos a liberdade,
Sinto tudo
Menos o ar puro das ilhas
Entre celas e ferro... Há só imaginação
Arrasaaa❤️
ResponderEliminarMuito bom , o poema ...
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