Saudades
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De ilusão na cabeça e de bagagem na mão, Trago saudades da minha rua, onde brincava horas esquecidas Brincava de todas as formas, E nas brincadeiras, eu me vira no mundo estrangeiro, Vagueando na neve e no frio Para esquecer do calor e do mar Para quê imaginar isso? Para simplesmente sentir saudades depois? Para sentir saudades do cheio da terra? Para sentir saudades do calor que aquecia a alma? Ou, para concluir que o estrangeiro é ilusão Choros fazem a minha felicidade desfazer em pequenos pedaços, E em cada pedaço sinto a imensidão das saudades, A imensidão das saudades da minha família, A imensidão das saudades da esquina que eu brincavam A imensidão das saudades do meu “kretxeu” de infância Estrangeiro, lugar onde aprendi o valor da minha terra Estrangeiro grande, que faz o meu coração pequeno Estrangeiro, dá-me a minha bagagem pois a ilusão me mostrou que os dez grãozinhos me fazem mais feliz do que mundo frio de ilusões